Pra. Rachel Castro
A juventude por si mesma é excelente. A garra, o gás, a disponibilidade, a energia e a vitalidade que possui, são características vindas da parte de Deus para o jovem. A juventude normalmente é assim.
Observe que todas as vezes que Deus se dirige à juventude, Ele nunca a discrimina. Pelo contrário, o Senhor a respeita e reconhece seu valor e seu potencial:
"Eu escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e já vencestes o Maligno." (I Jo 2:14).
"Apareceu-lhe então o anjo do Senhor e lhe disse: O Senhor é contigo, ó homem valoroso". (Jz 6:12)
"(...) os vossos jovens terão visões." (Jl 2:28)
Ser forte, vencedor, visionário, sonhador, corajoso, disposto, empreendedor, dentre tantas outras características, são comportamentos naturais na juventude, e isto não depende se ele é ou não um crente. São dons naturais. Sabedor disso, Satanás faz tudo o que está ao seu alcance para mudar esta realidade, afastando a juventude de Deus e de seus princípios, através das drogas, sedução, prostituição, violências, falsas religiões, rebeldias e, naturalmente, denegrindo a imagem juvenil.
Em todos os grandes momentos da história da humanidade foi a juventude o fator determinante nas guerras, nos protestos, nas investidas. E é assim até os dias de hoje. Todas as vezes que a mídia mostra as organizações terroristas se preparando para um ataque, os "homens-bomba", na sua grande maioria, são jovens entre 16 e 25 anos; os que empunham as armas, do mesmo modo. Em um período de guerra, os primeiros a estarem no campo de batalha são os jovens.
Se a juventude tiver um referencial, um modelo, bíblico, a sua história poderá ser mudada. A juventude busca referências para se conduzir. Se o jovem encontra outros que o influenciem positivamente, ele dá respostas positivas. A resposta negativa que grande parte da juventude tem dado pode e deve mudar começando pela igreja de Cristo e alcançando o jovem perdido.
Para retermos esta juventude e experimentarmos do tão esperado avivamento juvenil é preciso levá-la a conhecer três coisas: testemunho de vida, experiência pessoal e referencial de santidade.
Testemunho de vida
Um jovem está mais disposto a mudanças e a influências externas. Ele está em busca de coisas concretas, mesmo que sua busca pareça superficial em alguns momentos, o que ele deseja é ver as coisas acontecendo. E quando lhe é dito que Jesus é poderoso, cura, salva, liberta, transforma vidas, ele passa a querer conhecer esta vida transformada. E, nesse momento o testemunho de vida daqueles que já conhecem ao Senhor, alcança a juventude. Por isso é importante o evangelismo nos colégios, nas faculdades, praças e aonde houver uma concentração de jovens. É a partir daí que ele passa a buscar o segundo ponto: a experiência pessoal.
Experiência pessoal
Milhares de jovens no Brasil têm se convertido ao evangelho de Jesus. Temos em nossa igreja mesmo muitos destes testemunhos de vidas transformadas pelo poder de Deus. Porém, muitos outros se achegaram à igreja por outros motivos, que não foi um encontro com Deus, mas, sim, um encontro com uma jovem, ou com uma turma, ou um encontro com um lugar agradável.
Uma experiência pessoal é extremamente necessária para que quando virem as grandes ondas, sua fé não seja danificada, pois sua casa está firmada na Rocha (Mateus 7:24).
Esta experiência pessoal leva o jovem a buscar a vontade de Deus, que é a Santificação (I Ts 4:3-7). Esta santificação fica mais efetiva quando ele tem um referencial de santidade.
Referencial de Santidade
O referencial de santidade não é encontrado em qualquer lugar. O pior é que no lugar onde o jovem precisa encontrá-lo, que é em seus pais, na sua casa, na igreja, no líder, muitas vezes ele não existe. Uma grande parte da juventude, posso arriscar em dizer a maioria, não tem referencial familiar. Ou pai ou mãe não são convertidos, ou tem sua integridade fragilizada por atitudes que abalam dia após dia a estrutura familiar. Não há qualquer apoio para que o jovem continue na presença de Deus, e em alguns casos há uma grande resistência para que não se freqüente a célula, a igreja e haja uma mudança no círculo de relacionamento. E o jovem que tem estes níveis de lutas precisará de um outro referencial. O pastor, o líder, o discipulador têm o privilégio e, obrigatoriamente, o desafio de serem o padrão, o modelo. Este será o sinal que indica o caminho certo.
Como pastora e trabalhando com a juventude, sinto esta grande e privilegiada responsabilidade. Regularmente recebo cartas, bilhetes, cartões, tanto de minhas doze como de outros jovens se expressando e declarando o quanto eu e meu esposo temos servido de inspiração para que eles continuem servindo a Deus com afinco, dedicação e procurando influenciar a outros.
Que todos nós pastores, líderes de célula, discípulos, sejamos para a nossa juventude um exemplo, um referencial de santidade, expressando um testemunho de vida sadio, fruto de uma verdadeira experiência pessoal com Aquele que é o nosso referencial maior: Jesus. Assim, seremos colaboradores uns dos outros, trabalhando com o objetivo de expandir o Reino, engrossando as fileiras dos céus com jovens firmes, excelentes e santos.